2 de Maio de 2024
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Parlamentares sul-africanos iniciam esta terça-feira o debate em torno do discurso do Estado da Nação, apresentado, semana passada, pelo Presidente Cyril Ramaphosa.
As discussões dos deputados sul-africanos devem terminar esta quarta-feira. Na quinta-feira, o Presidente Cyril Ramaphosa volta ao Parlamento, desta feita para responder a questões suscitadas pelo debate que esta terça-feira inicia, na cidade do Cabo.
O debate é extensivo aos membros do Conselho Nacional de Províncias, uma agremiação que inclui os governadores das nove províncias da África do Sul.
O anúncio do presidente de declarar um estado de desastre nacional devido a crise energética; a nomeação de um ministro da electricidade na presidência da República e o alto índice de criminalidade, na África do Sul, são algumas das questões que devem dominar o debate.
Para já é quase previsível o roteiro deste debate: Os partidos na oposição vão criticar o Presidente Cyril Ramaphosa e o ANC por, alegadamente, não terem cumprido com promessas do passado.
Vão igualmente questionar a eficácia da declaração do Estado de Calamidade para acabar com a actual crise de energia e vão também questionar a utilidade de se nomear um Ministro de Electricidade, na presidência.
Já o ANC, partido que forma o governo, vai, certamente defender o Presidente, a pertinência dos planos para acabar com a crise energética e a criminalidade e ainda vai apontar as fragilidades dos partidos na oposição.
Por outro lado, o debate sobre o Estado da Nação deve ser marcado pela insistência do Partido de Julius Malema para que a Presidente do Parlamento peça desculpas públicas, por ter expulsado deputados da oposição da sala de sessões.
Julius Malema ameaça levar Nosiviwe Mapisa-Ngakula á barra do tribunal. O Movimento de Transformação Económica diz que vai levar o que chama de actuação parcial da presidente do Parlamento sul-africano á comissão de regras.
Semana passada a apresentação do discurso sobre o Estado da Nação não foi pacífica.
O Partido dos Combatentes da Liberdade Economia bem tentou boicotar, sendo que a presidente do parlamento foi obrigada a solicitar os serviços de protecção parlamentar e os órgãos de segurança do Estado a expulsarem da sala os deputados do EFF. (RM)
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