
Um tribunal do Zimbabwe condenou hoje a 18 anos de prisão um chinês detido em Julho com três chifres de rinoceronte e mais de 36 quilos de marfim, o que viola a Lei da Vida Selvagem do país africano
“O acusado veio ao país como visitante e cometeu um crime grave que é punível no país, a nível internacional e também pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (CITES)", disse a juíza Fadzai Mthombeni, do Tribunal Regional de Harare.
"O tribunal não tem clemência para consigo. Merece uma pena privativa de liberdade", sentenciou a magistrada.
Cong Yanzhong, de 57 anos, foi preso no dia 16 de Julho no seguimento das investigações dos detectives da Unidade de Minerais, Flora e Fauna do Departamento de Investigação Criminal da Polícia do Zimbabwe.
Após obterem as informações, os agentes revistaram a residência do cidadão chinês em Harare, onde recuperaram os três chifres, embrulhados em plástico e com um valor aproximado de 240 mil dólares (204,4 mil euros), e quatro peças de marfim em bruto, para as quais Cong não apresentou as licenças necessárias.
O advogado de defesa, Gift Chiuta, rejeitou a decisão e confirmou que irá recorrer ao Tribunal Superior porque a sentença é "errada".
Países como o Zimbabwe, Moçambique e África do Sul adoptaram várias medidas para impedir a caça furtiva e prenderam dezenas de pessoas acusadas deste crime, para o qual são utilizados meios de comunicação e equipamentos de transporte aéreo muito modernos.
A caça furtiva de elefantes e rinocerontes em África quase quintuplicou desde 2007, apesar dos esforços das autoridades para erradicar esta prática. (RM /NMinuto)



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