PR destaca inclusão social dos guerrilheiros da Renamo no sucesso da reconciliação nacional

O Presidente da República destaca a inclusão social dos antigos guerrilheiros da Renamo como um dos factores que têm estado a garantir o sucesso da pacificação e reconciliação nacional, no país.

Para Filipe Nyusi, a inclusão está a permitir aos moçambicanos uma maior apropriação do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração dos homens da Renamo (DDR).

O Estadista moçambicano falava, esta quarta-feira em Nova Iorque, como convidado de honra no Debate de Embaixadores, na ONU, sobre a Experiência de Moçambique na Construção da Paz: Lições Aprendidas e Desafios.

“A inclusão a nível local e comunitária, permite as pessoas também se apropriarem do processo e consolida os ganhos e o grande apoio dos líderes locais; são eles que ajudam na reintegração dos antigos guerrilheiros quando voltam para não haver a estigmatização e induz a cultura de reconciliação nas comunidades.  A inclusão também se aplica a outros níveis, por exemplo, recentemente eu nomeei um embaixador no Vaticano, junto sa Santa Sé, um membros da oposição, neste caso até um antigo da Renamo, que depois criou o seu partido, mas isso é um exercício que vai continuar porque queremos construir a narrativa de que cada moçambicano pode contribuir para a reconciliação e a construção de Moçambique”, disse.

O Chefe do Estado diz que o DDR é parte do caminho para a construção desta narrativa e partilhou, com Embaixadores de vários países, nas Nações Unidas, o estágio do processo.

Todo este processo, derivado do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional de Maputo, tem sido acompanhado por várias entidades, entre as quais a sociedade civil.

O director-executivo da Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil, MASC, João Pereira, diz que este acompanhamento assegurou o engajamento das partes envolvidas nos esforços para Paz e Reconciliação Nacional.

Os mediadores ressaltaram também o seu papel no diálogo.

Esta quinta-feira, Filipe Nyusi encerra a sua deslocação às Nações Unidas, presidindo o debate de alto nível subordinado ao tema: O impacto das políticas de desenvolvimento na implementação da Iniciativa Continental do Silenciar de Armas. (RM)