Presidente do Parlamento sul-africano demite-se do cargo

A Presidente do Parlamento sul-africano, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, renunciou ao cargo, em meio a acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.

Numa carta, datada de 3 de Abril, Mapisa-Nqakula sublinha que a demissão do cargo não significa admissão de culpa em relação as acusações que pesam sobre ela.

Escreve ainda que tomou a decisão para defender a integridade e a santidade do parlamento, uma instituição que a descreve como estado no topo do sistema de governo que representa do povo sul-africano.

Mapisa-Nqakula refere, por outro lado, que se demite para dedicar tempo ao processo que e movido contra ela.

O Congresso Nacional Africano, através do Secretário-geral, Fikile Mbalula, confirmou que recebeu a carta de demissão de Nosiviwe Mapisa-Nqakula.

Mbaklula disse que o ANC valoriza o compromisso de Mapisa-Nqakula em manter a imagem do partido, uma vez que a demissão reflecte os princípios da organizacional que promove a assunção proactiva de responsabilidades entre os membros.

Esta terça-feira, Mapisa-Nqakula viu o Tribunal Superior de Pretoria a chumbar um pedido urgente para bloquear que seja detida pela polícia.

Ainda esta terça-feira foi avançada a indicação de negociações com a Procuradoria para determinar os termos em que ela se vai entregar voluntariamente ás autoridades policiais, em Pretoria. A procuradoria declinou-se a comentar este facto.

Dos partidos na oposição aumentava a pressão para que Mapisa-Nqakula pedisse demissão, até porque o Parlamento sul-africano tem em mãos uma moção de censura lavrado pela Aliança Democrática.

Mapisa-Nqakula é acusada de 12 crimes de corrupção e um de lavagem de dinheiro, no valor de quatro milhões e quinhentos mil rands. Estes crimes terão sido cometidos quando ela era Ministra da Defesa, na sequência do caso, há sensivelmente duas semanas, a polícia fez buscas na casa dela, na cidade de Joanesburgo.

Mapisa-Nqakula sempre se declarou inocente de todas as acusações. (RM-NM)