O Presidente Cyril Ramaphosa diz não haver evidências de carregamento de armamento sul-africano no navio russo que, em Dezembro do ano passado, atracou numa base naval na cidade do Cabo.
Ramaphosa diz que esta é a conclusão a que chegou o Painel Independente, que ele nomeou em Maio passado, para investigar as acusações feitas pelos Estados Unidos de que a África do Sul forneceu armas á Rússia.
O embaixador norte-americano, acreditado em Pretória, Reuben Brigety disse que em Dezembro do ano passado, um navio russo, que atracou na base naval de Simon’s Town, na cidade do Cabo, saiu carregado de armas.
Ou seja, Brigety acusou a África do Sul de armar os russos no conflito com a Ucrânia.
Na altura, o Presidente Ramaphosa nomeou um painel independente que fez diversas diligências, que incluíram a audição de cerca de cinquenta pessoas e a consulta de perto de cem documentos.
Este painel concluiu não haver evidencias de fornecimento de armamento sul-africano á Rússia:
“Várias entidades e pessoas que afirmaram publicamente ter informações sobre este assunto foram convidados a apresentá-las ao painel. Muitos dos convidados não o fizeram ou afirmaram não ter conhecimento de factos relevantes. O Painel concluiu que não havia provas que apoiassem a alegação de que o navio transportava armas da África do Sul com destino á Rússia. O Painel estabeleceu que o navio atracou em Simonstown par entregar equipamento que tinha sido encomendado para as Forças Armadas, em 2018. A África do Sul tem leis claras que regulam a emissão de licenças relativas á importação e exportação de armas convencionais. Nenhuma licença foi emitida para a exportação de armas e nenhuma arma foi exportada. O painel não encontrou nenhuma evidência de conduta criminosa por parte de quaisquer pessoas envolvidas “, disse.
O estadista sul-africano disse ainda ter decidido não publicar, na íntegra, o relatório do painel independente, alegadamente por questões de segurança.
Na comunicação á nação, ontem á noite, Ramaphosa referiu que a recente décima quinta cimeira do BRICS foi um sucesso.
Apontou o apoio do BRICS a necessidade de uma reforma abrangente das Nações Unidas, incluindo o Conselho de Segurança, e a admissão novos membros como o legado da cimeira organizada pela África do Sul. (RM Pretória)
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