Província sul-africana de Kwazulu-Natal continua epicentro da caça furtiva do rinoceronte

A província de Kwazulu-Natal continua a ser o epicentro da caça furtiva do rinoceronte, na África do Sul.

Dados avançasdos, esta terça-feira, pela Ministra sul-africana de Florestas, Pescas e Ambiente, mostram que do cerca de quinhentos rinocerontes, mortos por caçadores furtivos, ao longo do ano passado, trezentos e sete foram abatidos em Kwazulu-Natal, mais concretamente no Parque Hluhluwe-iMfolozi.

Em 2022 foram mortos 244 rinocerontes em Kwazulu-Natal e, em 2021, 102.

Barbara Creecy disse que o governo sul-africano está preocupado com o agravamento da caça furtiva em Kwazulu-Natal e apelou para o incremento de esforços para combater o fenómeno naquela província que faz fronteira com Moçambique:

“Infelizmente, a pressão foi novamente sentida pela província de KwaZulu-Natal, com o Parque Hluhluwe-iMfolozi a ressentir-se dos casos de caça furtiva, ao perder 307 do total nacional dos rinocerontes vítimas da  caça furtiva. Esta é a maior perda por caça furtiva nesta província. Embora a Kwazulu-Natal tenha registado 49 detenções e apreensão de  13 armas de fogo as equipas multidisciplinares continuam a trabalhar incansavelmente na tentativa de abrandar esta pressão implacável”, disse.

Em sentido contrário, está o Parque Nacional de Kruger que tem vindo a testemunhar uma diminuição da acção dos caçadores furtivos do rinoceronte, fruto do reforço da segurança. Mesmo assim, o ano passado, foram mortos setenta e oito rinicerontes no Kruger Park.

De uma forma geral, os quinhentos rinocerontes mortos o ano passado singnificam um aumento em cinquenta e um casos, comparativamente a 2022.

A maioria dos casos de caça furtiva  ocorreu em propriedades estatais, totalizando 406 rinoceronte abatidoss, enquanto outros 93  foram mortos em propriedades privadas, como parques, reservas e fazendas.

Os chifres de rinocerontes são muito apreciados em mercados ilegais, sobretudo do continente asiático. (RM Pretória)