RDCongo acusa Ruanda de ter atacado aeroporto de Goma

Publicado: 18/02/2024, 9:53
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O exército da República Democrática do Congo (RDCongo) acusou, este sábado, o Ruanda de ter atacado com 'drones' o aeroporto de Goma, no leste do país, região onde têm ocorrido combates contra o grupo M23 apoiado por Kigali.
“Durante a noite, às 02h00, hora local, os 'drones' de ataque do exército ruandês, que obviamente deixaram o território ruandês, violaram os limites territoriais" da RDCongo, afirmou o porta-voz do exército para Kivu do Norte, tenente-coronel Guillaume Ndjike, citado pela AFP.
Segundo Guillaume Ndjike, num vídeo difundido pelo serviço de comunicações do governador provincial, tendo em conta as trajectórias seguidas pelos disparos dos 'drones', estes visavam as aeronaves das Forças Armadas Congolesas (FARDC).
"As aeronaves das FARDC não foram atingidas", mas aviões civis "foram danificados", disse, sem especificar quantos aviões foram afectados, nem quantos projécteis foram disparados.
Durante a noite, os moradores de Goma, incluindo um correspondente da AFP, ouviram duas fortes explosões.
Apesar deste incidente, o Aeroporto Internacional de Goma está hoje a funcionar normalmente, de acordo com fontes no local.
A província do Kivu do Norte, da qual Goma é a capital, está a ser assolada desde o final de 2021 por um conflito que opõe o M23 ("Movimento 23 de Março"), apoiado por unidades do exército ruandês, ao exército congolês associado em particular a grupos armados ditos "patriotas" e duas empresas militares privadas estrangeiras.
Vários milhares de soldados e milicianos estão envolvidos, bem como artilharia, aviões de combate Sukhoi-25 e 'drones'.
De acordo com um documento das Nações Unidas consultado pela AFP, o exército ruandês também utiliza armamento sofisticado, como mísseis terra-ar, no apoio ao M23.
O M23 é um grupo de rebeldes, predominantemente 'tutsi', que voltou a pegar em armas no final de 2021 e, desde então, conquistou grandes áreas do território do Kivu do Norte.
Goma, uma cidade com mais de um milhão de habitantes, encravada entre o lago Kivu, a sul, e a fronteira com o Ruanda, a leste, está actualmente praticamente isolada de todas as suas vias de acesso terrestre ao interior do país, a norte e a oeste.
A RDCongo acusa o Ruanda e os seus adjuntos do M23 de quererem assumir o controlo dos minerais do leste do Congo. O M23, por seu lado, afirma defender um segmento ameaçado da população e exige negociações, que Kinshasa recusa, excluindo discussões com "terroristas".
Na sexta-feira, o Presidente angolano, João Lourenço, convocou, em Adis Abeba, uma pequena cimeira para debater a situação no leste da RDCongo, à margem da 37.ª Cimeira da União Africana (UA).
O Presidente angolano é mediador da UA na crise e, segundo a agência noticiosa angolana Angop, esta pequena reunião visava "discutir o relançamento do processo de paz no leste da RDCongo". (RM/NMinuto)

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