Entretanto, Armindo Primeiro, declarou esta terça-feira em sede de julgamento, no caso em que é acusado de desvio de cerca de três milhões de meticais, que foi traído pelos colaboradores na adjudicação das obras de reabilitação da Casa de cultura de Chinde.
Armindo primeiro, disse na sessão de acareação com declarantes e outros co-réus, que nunca manteve contacto com o empreiteiro, sediado em Maputo, mas confirmou ter assinado o contrato em casa, enquanto gozava férias disciplinares.
Durante a audição, o tribunal questionou ao réu Armindo Primeiro, por que razão em pleno gozo de férias disciplinares terá assinado contrato para uma empresa desconhecida e sem envolver os técnicos da UGEA e a unidade de construção.
Armindo primeiro respondeu declarando que estava confiante nas informações que eram lhe fornecidas dadas pelo co-réu Paulo Muiambo, que a data dos factos, era representante do Ministro da Educação e Cultura para área de construções na Zambézia.
Por seu turno Paulo Muiambo, indagado pelo tribunal garantiu que o réu Armindo Primeiro conhecia todo o processo de contratação da empreitada e que não era da sua competências ordenar a assinatura do contracto, a favor da empresa.
O co-réu Carlitos António, que a data dos factos desempenhava as funções de chefe do departamento e administração e finanças, na Direcção Provincial de Educação e Desenvolvimento Humano, disse ao tribunal ter sido pressionado várias vezes pelo réu Armindo Primeiro para efectuar o pagamento, mesmo sem garantia bancária, alegando que tratando se do fim de ano, o tesouro iria retirar o valor do sistema.
Já na fase de acareação, o Ministério Publico questionou a antiga chefe da UGEA, na qualidade de declarante, porque que razão teria assinado o contrato para o pagamento de cem por cento do valor, mesmo sem participar no processo de procurement, e concurso publico.
Ana Santana, disse que recebeu os documentos impressos com orientação para simplesmente assinar, mesmo sem garantia bancária do empreiteiro. (RM Zambézia)