
Subiu, para 121, o número de mortos resultante da operação levada a cabo na terça-feira pelas Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, no Brasil, contra a uma facção designada Comando Vermelho, nos complexos do Alemão e da Penha, na capital fluminense.
113 pessoas estão presas.
Entre os mortos, estão quatro membros da polícia, de acordo com a Polícia Civil brasileira citada pela BBC.
Há também registo de agentes da polícia e moradores baleados, como resultado da mega operação nas favelas.
Em conferência de imprensa, o secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, frisou que esta acção foi "o maior baque" que o Comando Vermelho já teve, desde a sua fundação e que "nunca houve perda (para o grupo) tão grande de drogas, armas e lideranças".
Reconheceu que a operação resultou em "alta letalidade", que "era previsível, mas não desejável", e lamentou que "parte dos criminosos tenha decidido atacar o Estado".
A operação teve como objectivo atrair os suspeitos para as áreas de mata nos arredores dos complexos da Penha e do Alemão para "minimizar o dano colateral" e evitar que os moradores fossem vítimas dos confrontos.
Victor dos Santos explicou ainda que a preparação da operação durou cerca de um ano. "O Rio de Janeiro tem quase 1/4 de sua população morando em favelas, enquanto o percentual no Brasil é de 8,1%. São nove milhões de metros quadrados de desordem na Penha e no Alemão. Uma investigação de aproximadamente um ano, que envolveu polícias do Rio e de vários estados, principalmente do Pará", frisou.
Presente na mesma conferência de imprensa, o secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, revelou que a operação de "alto risco" contou 2.500 polícias e militares.
"Quero-me solidarizar com os policiais mortos, com as famílias, com os policiais feridos numa acção extremamente arriscada, complexa", afirmou Menezes.
Como represália, membros do grupo criminoso brasileiro Comando Vermelho bloquearam, na terça-feira, várias e importantes vias no Rio de Janeiro, paralisando parcialmente a cidade.
O Comando Vermelho dedica-se principalmente ao tráfico de drogas e de armas, e o seu centro de operações situa-se no estado do Rio de Janeiro, onde controla algumas comunidades da cidade, embora tenha presença em grande parte do país, especialmente na região da Amazónia.
A organização nasceu na década de 1980, quando a ditadura militar concentrou nas mesmas prisões delinquentes comuns e membros de grupos de guerrilha com formação política e até militar. (RM /BBC/ NMinuto)



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