
Familiares, colegas e amigos, prestaram, hoje, o último adeus a Carlos Silva, conceituado produtor e sonorizador reformado da Rádio Moçambique, cuja trajectória exemplar marcou profundamente os bastidores da RM.
Ao longo de décadas de serviço, Carlos Silva dedicou-se com rigor e paixão à arte de dar vida, ritmo e identidade sonoraa aos programas que acompanharam gerações de ouvintes.
Após a reforma, em 1988, Carlos Silva continuou a dar sinfonia à vida, criando uma orquestra invisível com o pograma “Clássicos aos Domingos”, um compromisso inabalável com a qualidade, independentemente da hora e da dimensão da audiência.
Humorado, atento e dotado de rara empatia, ele transformava cada produção num gesto de cuidado; fosse ajustando um detalhe técnico imperceptível para muitos ou fosse criando atmosferas sonoras que se tornaram inesquecíveis para todos.
Hoje, os seus próximos deram o último adeus a um homem que viveu pela e, literalmente, na Rádio Moçambique.
No elogio fúnebre, o administrador de Produção da RM, Arão Cuambe, frisou que Carlos Silva foi um homem honesto e amigo, tendo sabido viver com as adversidades, confiando igualmente, naqueles que cuidaram dele nos seus últimos anos de vida.
Catarina, filha de Carlos Silva, disse que o pai não era uma pessoa religiosa, mas vivia a religião na música clássica
Colegas de profissão recordam o seu espírito crítico, sempre firme, porém construtivo, guiado pela busca constante da excelência.
Carlos Silva, produtor e sonorizador morreu no último domingo, em Maputo, aos 89 anos de idade.
Carlos Silva ingressou na então Rádio Clube de Moçambique, a 03 de Outubro de 1951. (RM)



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