Embaló detido e militares "controlam" Guiné-Bissau

Publicado: 27/11/2025, 8:33
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Três dias após as eleições na Guiné-Bissau, os militares anunciaram que assumiram o "controlo total do país" e suspenderam "o processo eleitoral". O presidente Umaro Sissoco Embaló diz ter sido detido no palácio presidencial.

Umaro Sissoco Embaló terá sido detido, esta quarta-feira, no seu gabinete no palácio presidencial, em Bissau, por volta do meio-dia, na sequência de um alegado golpe de Estado.
Segundo revelou o chefe de Estado à Jeune Afrique, homens fardados invadiram o palácio. O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, General Biague Na Ntan, o Vice-Chefe do Estado-Maior, General
Mamadou Touré, e o Ministro do Interior, Botché Candé, foram presos ao mesmo tempo.
Embaló acrescentou que não houve recurso à violência durante esse "golpe".
Forças Armadas assumiram "plenitude dos poderes"

Entretanto, em comunicado, as Forças Armadas guineenses informaram também que os militares tomaram, esta quarta-feira, o poder na Guiné-Bissau, depois de um tiroteio que durou cerca de meia hora.
O comunicado foi lido na televisão estatal guineense TGB pelo porta-voz do Alto Comando Militar, Dinis N´Tchama, que informa que os militares assumiram a liderança do país.

Na comunicação informa-se que foi "instaurado pelas altas chefias militares dos diferentes ramos das Forças Armadas, o Alto Comando Militar para a restauração da segurança nacional e ordem pública" e que o mesmo "acaba de assumir plenitude dos poderes de Estado da República da Guiné-Bissau".
Há militares posicionados na principal via de acesso ao palácio presidencial, como mostram também imagens recolhidas no local.
Recorde-se que foram ouvidos tiros no centro da cidade de Bissau desde as 12h40, segundo relatos feitos à Lusa via telefone por testemunhas no terreno.

A Guiné-Bissau aguarda os resultados oficiais das eleições gerais, presidenciais e legislativas, de domingo.
O candidato da oposição à presidência da República, Fernando Dias, reclamou na segunda-feira vitória e disse que tinha derrotado o presidente Umaro Sissoco Embaló na primeira volta.
No entanto, também o presidente em exercício reivindicou a vitória com 65% dos votos, segundo sua própria contagem. Os resultados oficiais eram esperados esta quinta-feira.

Governo português pede que não haja violência e se retome normalidade

Numa nota emitida na tarde desta quinta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português garantiu estar em "contacto permanente" com a embaixada portuguesa em Bissau para perceber em que situação se encontram os cidadãos portugueses e a população em geral.

O ministério tutelado por Paulo Rangel escreve também que "face dos acontecimentos que interromperam o curso da normalidade constitucional na Guiné Bissau", o Governo português apela "a que todos os envolvidos se abstenham de qualquer ato de violência institucional ou cívica e que se retome a regularidade do funcionamento das instituições, de modo que se possa finalizar o processo de apuramento e proclamação dos resultados eleitorais". (RM /NMInuto)

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