Os artistas visuais Vasco Manhiça e Bernardo Tomo apresentam esta noite, na Galeria da Sede do BCI em Maputo, a exposição intitulada “A Matéria do Tempo: Fragmentos de um Reencontro”.
A mostra que conta com curadoria de Rafael Mouzinho, em representação da Universidade Eduardo Mondlane, reúne cerca de 50 obras inéditas, onde os artistas revisitam o passado e o presente urbano de Moçambique, transformando as suas vivências em metáforas visuais sobre permanência, desgaste e reencontro.
A exposição propõe um diálogo entre duas gerações de artistas moçambicanos cujas trajectórias se cruzam na exploração da memória, do tempo e da identidade colectiva.
“A Matéria do Tempo” constitui uma reflexão sobre o papel da arte como arquivo vivo das transformações sociais e culturais do país. Ao reunirem-se após anos de separação, Manhiça e Tomo não apenas partilham um percurso, reinscrevem-se, com consciência e generosidade, na paisagem da arte contemporânea moçambicana.
Em nota de imprensa, os artistas afirmam que a exposição não é apenas memória: é invenção de futuro.
A mostra que inaugura esta quarta-feira, 15 de Outubro de 2025, às 18h00, na Galeria da Sede do BCI, em Maputo, estará patente ao público até ao dia 27 de Outubro.
Vasco Manhiça é um artista visual moçambicano nascido em Nampula e criado em Maputo. Formado em Design Gráfico pela ENAV, viveu e trabalhou vários anos na Europa, tendo desenvolvido uma obra que investiga a memória, a ruína e a identidade através de composições em camadas, colagens e cor intensa.
Manhiça foi distinguido com o 1.º Prémio da Bienal TDM (1999) e da Expo-MUSART (2016). A sua recente exposição individual, “As Paredes Também Falam” (2025, Museu Mafalala), consolidou o seu percurso como uma das vozes centrais da arte contemporânea moçambicana.
Bernardo Tomo é também artista visual moçambicano. Iniciou o seu percurso na década de 1980. A sua pintura distingue-se pela densidade de textura e pelas cores vibrantes que abordam temas sociais, espirituais e humanos. Expôs amplamente em Moçambique e no estrangeiro, destacando-se como uma figura incontornável do movimento artístico nacional. Foi distinguido com o 1.º Prémio de Pintura na Bienal TDM (1999).
Rafael Mouzinho é curador e académico, representa a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) neste projecto. É investigador e docente, com um percurso dedicado à reflexão sobre práticas artísticas contemporâneas e às suas intersecções com a sociedade moçambicana.
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