
A capital moçambicana transforma-se, de 20 a 30 de Novembro, num verdadeiro caderno de projeções para a humanidade. A 7ª edição do Festival Internacional de Poesia e Artes Performativas – Poetas D’Alma ergue-se não apenas como um evento cultural, mas como um exercício colectivo de reinvenção, sob o lema “A Possibilidade de um Mundo Novo”.
A programação itinerante e híbrida desdobra-se como um poema polifónico, respondendo à urgência do presente. Oficinas de cerâmica, escrita criativa, pintura, dança, feira do livro, música, artesanato e gastronomia celebram a abundância local e os saberes tradicionais, propondo economias simbólicas alternativas. É um “aprender fazendo” que resiste à desagregação do tecido social.
Segundo o curador Féling Capela “Vivemos uma era de múltiplas crises. Morremos e renascemos como fénix na pandemia da COVID-19, e quando tentamos nos reerguer, guerras e conflitos fragmentam comunidades. Enquanto alguns aprofundam fraturas culturais, nós, artistas multidisciplinares, somos chamados a construir pontes feitas de palavras e ritmos. Receber vozes do Brasil, Eswatini, Namíbia, Portugal e de outros cantos do mundo é alimentar um diálogo vital que se opõe à lógica do choque.”

Fiel ao seu caráter cosmopolita e comunitário, o festival ultrapassa os palcos convencionais e leva o diálogo artístico às comunidades, garantindo que a seiva criativa flua directamente da cidade e da sua gente.
O VII Poetas D’Alma é, assim, mais do que uma declaração de intenções: é uma prova tangível de união artística, nacional e internacional, que semeia com palavras, sons e movimentos a possibilidade sempre viva de um amanhã diferente. Um acto de fé num futuro desenhado colectivamente, a partir de Maputo para o mundo.



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