Duzentas e cinquenta e seis pessoas morreram no primeiro semestre deste ano, vítimas de suicídio no Malawi.
O número representa uma subida de cerca de 50% quando comparado com igual período do ano passado, sendo motivo de preocupação para o governo.
Do total das pessoas que tiraram a sua própria vida, 226 são homens e 30 mulheres.
A maioria das pessoas que cometeu suicídio está na faixa etária dos 20 a 60 anos, mas nos últimos meses, os casos envolvem crianças de 10, 11 e 12 anos de idade.
O porta-voz da polícia do Malawi, Peter Kalaya, aponta problemas conjugais, no topo da lista das motivações do suicídio, seguidos por outros factores sociais.
A psicóloga clínica da Universidade de Ciências da Saúde do Malawi, Chiwoza Bandawe, descreveu a situação como grave, afirmando que precisa ser reconhecida como uma crise que carece de uma atenção urgente.
Para Bandawe, o país precisa de pessoal qualificado, para lidar com o fenómeno.
Neste momento, Malawi tem menos de dez psiquiatras em hospitais públicos, para uma população de 20 milhões de habitantes.
Para ela, é imperioso que se invista na saúde mental, pois começa a ser um problema de saúde pública.
Chiwoza Bandawe pediu ainda a necessidade de se remover a lei que criminaliza a tentativa de suicídio, por entender que ao invés de punir, é necessário oferecer ajuda a essas pessoas. (RM/Blantyre)
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