Israel começou a enviar "milhares" de trabalhadores palestinianos para a Faixa de Gaza, que bombardeia incessantemente há várias semanas, segundo jornalistas da Agência France Presse (AFP) e um responsável palestiniano.
"Milhares de trabalhadores que estavam bloqueados em Israel desde 07 de Outubro", o dia do ataque do Hamas contra solo israelita que desencadeou a guerra, "foram trazidos de volta" para Gaza, disse à AFP Hicham Adwan, responsável pelos postos fronteiriços de Gaza.
De acordo com as autoridades israelitas, cerca de 18.500 habitantes de Gaza tinham autorização de trabalho em Israel no início da guerra.
Imagens transmitidas hoje pela AFP a partir da cidade vizinha de Rafah mostram pessoas a atravessar o posto fronteiriço de Karem Abu Salem (designado Kerem Shalom do lado israelita), entre Israel e a Faixa de Gaza, no extremo sudeste do enclave palestiniano.
Contactadas pela AFP, as autoridades israelitas não forneceram de imediato o número de trabalhadores de Gaza que se encontravam em Israel a 07 de Outubro.
Israel ainda não se pronunciou ou esclareceu a situação relatada pela AFP sobre a entrada de trabalhadores palestinianos no sul do enclave.
A 10 de Outubro, Israel revogou todas as autorizações de trabalho concedidas aos habitantes de Gaza, segundo organizações não-governamentais israelitas de defesa dos direitos humanos.
"O Exército e a polícia israelitas encarceraram os habitantes de Gaza" sem "qualquer base legal", acrescentaram as organizações.
Nos primeiros dias da guerra, a AFP contactou trabalhadores de Gaza em Israel que tinham partido - ou tinham sido mandados de volta pelos empregadores ou pela polícia - para a Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967 e separado da Faixa de Gaza por território israelita. (RM-NM)
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