Nobel da Paz promete continuar trabalho apesar das acções judiciais

Publicado: 28/01/2024, 15:26
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O Nobel da Paz Muhammad Yunus, considerado "o banqueiro dos pobres", reafirmou hoje a vontade de continuar o seu trabalho, apesar dos mais de 100 processos judiciais lançados contra si pelas autoridades do Bangladesh.

"O nosso sonho é criar um mundo novo", declarou à imprensa Yunus, 83 anos, no exterior de um tribunal, que acabara de lhe conceder formalmente uma fiança por causa de um processo judicial.

O economista, que ganhou o Prémio Nobel da Paz em 2006, foi condenado no início de Janeiro a seis meses de prisão por violação da legislação laboral, um caso que suscitou críticas dos activistas dos direitos humanos.

Muhammad Yunus é conhecido por ter tirado milhões de pessoas da pobreza através do seu banco de microcrédito. No entanto, entrou em conflito com a primeira-ministra bengali, Sheikh Hasina, que o acusou de "sugar o sangue" dos pobres.

Hasina foi empossada para um quinto mandato em Janeiro, após uma vitória esmagadora em eleições boicotadas pela oposição.

De acordo com os seus advogados, Yunus enfrenta pelo menos 170 outras acusações, incluindo alegações de corrupção, que o podem levar a ser detido durante anos.

Yunus tem negado estar por detrás de qualquer ato ilícito e, num discurso emocionado, disse hoje que tinha dedicado a sua vida a apoiar os mais pobres dos pobres e que estava "determinado" a continuar o seu trabalho.

O seu plano "Três Zeros" tem como objectivo reduzir as emissões de carbono, acabar com o desemprego e reduzir a pobreza.

"Perseguimos um sonho" e "sofremos o desagrado de alguém por termos perseguido este sonho", acrescentou o economista, sem citar nomes.

No caso mais recente, Yunus e três dos seus empregados da Grameen Telecom, uma das empresas que fundou, foram acusados de não terem criado um fundo de previdência, violando assim a legislação laboral.

Yunus disse que o caso tinha sido levado a tribunal pelo governo, mas o ministro dos Transportes, Obaidul Quadre, insistiu que o caso tinha sido apresentado "pelos trabalhadores".

A primeira-ministra rejeitou os apelos para que Yunus fosse perdoado e disse que ele deveria pedir perdão aos seus empregados. (RM-NM)

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